terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Falsa liberdade



Estou me tornando cada vez mais você
Suas palavras, hoje
Saem pela minha boca
E o que eu dia senti
Vejo nos olhos de uma outra pessoa

Me tornei um discípulo inconformado
De seus ideais anormais
E propago um pensamento louco, bobo
Que me contamina cada vez mais

Me suga pra liberdade
Quando gostaria de estar presa, ilesa
Na minha falsa felicidade

By Júlia Caianara

domingo, 14 de novembro de 2010

Minhas preces

Um vento sopra em meu ouvido
É destemido
Em minha mente
Eu ouço e vejo
E não desejo

Inevitável
Esqueço o sopro
Logo acontece
Até parece
Que é uma prece

Materializa-se
Em minha frente
Lembro do sopro
No meu ouvido
Ele é temido

By Júlia Caianara



terça-feira, 21 de setembro de 2010

Erre...



Queria tocar você

Queria beijar você como nunca


Mas algo me impede

Não sei se é a incerteza

Ou a certeza dos maus cidadãos


É conflitante até mesmo essa hipocrisia

E confortante saber que pode ter um outro alguém

[de outro jeito do meu lado


Penso em você toda noite

E junto com você vem esse desejo escondido


Um desejo que dá medo

Que dá vontade de fugir com você, é claro!

E só de pensar que agora você vai embora

Que você vai pra me deixar


Não posso deixar que vá sem me beijar


Erre... Errai



Por Júlia Caianara

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Já decidi...


Cada momento se passa tão rapidamente, que cada decisão parece que foge do controle racional. Uma idéia pode num estalo se esvair e ser siplesmente substituída pela sua oposta.

Lidar com isso, é algo que ainda não aprendi, pois as decisivas decisões estão cada vez mais se tornando rotineiras, atropelando-se em ganhos e fracassos.

Um dia me disseram que ia acontecer, eu porém, com a minha falsa presunção quase ignorei, e ignorei também a todos que porfim me queriam apenas o bem.

Essa sim foi uma decisão fugida e vitoriosa, pois os bens que tenho devem ser resultados de algumas escolhas de gênese parecida, assim também como os males.

Então, tudo apenas me cabe, e me cabe mais ainda tornar tudo isso real e sincero, extremamente sincero para mim, principalmente.

Algo que deve ser analisado.

Que decisões me tornam inferiores, no sentido espiritual da palavra.

Ou até mesmo, se posso mesmo me tornar inferior por essas decisões tão sem importância.

Importância...

O importante já não importa mais como antes.

Quanta bobagem nos é empurrada, que me deixa louca só de ouvir, ver, sentir, pensar e então falar.

Deixa que a bobagem seja feita.

É bom pra alma, pro coração.

Decisões são imperfeições jogadas no tempo.

E eu hei de agir, simplesmente agir.

O meu gosto agora, não foi e nem será.

Cabe a cada um de nós tomar suas próprias decisões, e eu inevitavelmente pagarei por isso.


Júlia Caianara

sábado, 12 de junho de 2010

Quem sou eu pra definir o amor?



Queria definir o amor
Colocar nele todos os pontos que gosto
E poder pronunciá-lo sempre
Sempre que se encaixasse no meu coração
E ouví-lo quando precisasse
Dentro da minha verdade e somente a mim
Não tendo esse poder, me resta apenas aceitar
Aceitar o que me é ofertado
Mesmo achando insuficiente
Posso conviver com o insuficiente
Termino de me preencher amando mais e mais e mais...

Quem sou eu pra definir o amor?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Cosmos


O início é desconhecido
E continuará assim por muito tempo...

Mas se pode acreditar em algo depois disso
Ignorando a gênese e sua obscuridade
Pois ninguém sabe de verdade
O que aconteceu
O fato é que acredito
Num universo infinito
Muito maior que a existência humana
E sua incrível ignorância
Energizar o ser
Procurar crescer e sempre evoluir
Fazer valer a pena nossa estada aqui
Pois o corpo é apenas pó
Mas a alma é uma só